28 dezembro 2005

Sistema

Sistema físico é o conjunto de elementos que se ligam e interagem para realizar as tarefas operacionais que constituem a finalidade de uma organização.

Sistema de gestão é um subsistema informacional constituído de um conjunto de regras, procedimentos e meios que permitem aplicar métodos a um sistema físico, para realização das tarefas e cumprimento de objetivos determinados.

O sistema de gestão se superpõe ao sistema físico e seus subsistemas como uma rede de percepção, controle e regulação, necessária para pilotar os processos tecnológicos, econômicos ou administrativos. Ref: MÉLÉSE, Jacques. A Gestão pelos Sistemas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A, 1973

22 dezembro 2005

Visão Compartilhada

Visão de futuro é a imagem de algo projetada no espaço e no tempo.  Toda pessoa, toda equipe de trabalho e toda organização precisa de ter uma visão de si mesma que deve ir muito além de sua realidade explícita e seu aspecto externo.

A visão de uma organização deve incluir a expectativa de reconhecimento a ser obtido a partir do relacionamento que deseja manter com seus clientes e mercados.

Uma das formas de mais eficazes de criar uma visão é através do exercício de imaginação em que num primeiro instante nos projetaríamos num futuro em que já teríamos realizado o motivo inspirador da nossa existência; num segundo momento faríamos uma retrospectiva imaginando tudo que precisaria ser feito para se chegar ao nível de realização desejado.

Pode ser que nesta segunda parte da reflexão tenhamos que incluir, por exemplo, o atendimento contínuo das necessidades e preferências dos clientes, as oportunidades aproveitadas e os principais desafios vencidos.
Sérgio Lins
http://primparagsinerg.blogspot.com/
     

Busca da Excelência

“Imagina-se um futuro, em que já teríamos realizado o motivo inspirador da nossa existência, para em retrospectiva definir o que precisaria ser feito para atingi-lo.”
Sérgio Lins.
http://primparagsinerg.blogspot.com/

17 dezembro 2005

Amarração sinérgica

Dentro da classe de ajuntamento pela igualdade, a vassoura de fibras pode ser usada como metáfora para mostrar com mais profundidade alguns dos aspectos conceituais mais importantes do sinergismo.
Para tanto, imagine a facilidade com que, usando uma pequena vassoura de umas 2000 fibras, se consegue varrer um determinado chão e a total impossibilidade de varrer o mesmo chão se as fibras separadas fossem usadas isoladamente por dois mil frustrados varredores.
Sinergia Fator de sucesso nas realizações humanas
Autor: Sérgio Lins
Editora: Elsevier Campus

Desafios do Líder

Como já vimos, a sinergia entre humanos não se obtém acidentalmente, nem se sustenta naturalmente. Por isto é necessário buscar a “química apropriada” para a valorização da diversidade e da complementaridade. Nesta busca, é importante lembrar que o ar, a água, o sal, demonstram como a natureza é sinérgica.

Quando usamos o “cloreto de sódio” como exemplo de sinergia, lançamos mão de uma poderosa metáfora, que no paralelo mundo dos humanos nos apresenta o desafio de descobrir a “química apropriada” para reunir pessoas muito competentes, mas pouco produtivas, visando formar uma equipe de alto desempenho. Na construção do paralelo humano, somos levados a nos questionar, por exemplo:

O que o líder precisa fazer para que a sua equipe se torne tão importante para o departamento quanto o sal é para a vida?”, “O que pode ser feito para que essa tal equipe não se dilua assim como o sal se dilui na água?”, “O que seria a água para essa tal equipe?”.

omo podemos ver, muitos questionamentos podem ser feitos considerando o paralelo entre os mundos da química e dos humanos. Estes paralelos por sua vez podem ser feitos a partir de lendas e parábolas, que são algumas das formas de mensagens indiretas, dentre as quais se destacam as metáforas.

Sérgio Lins. Sinergia: fator de sucesso nas realizações humanas.
Rio de Janeiro.
Elsevier Campus, 2005

16 dezembro 2005

Sinergia para os Químicos


Para os químicos a sinergia aparece a todo instante porque, sempre que eles tentam isolar um elemento de um complexo ou separar átomos, ou moléculas de compostos, as partes isoladas nunca explicam os comportamentos associados do todo.
Assim, ao falhar nessas tentativas, eles procuram analisar o todo a fim de descobrir tanto as inclinações como as características integrais das partes.
Os químicos já encontraram o universo com uma associação complexa de elementos funcionando muito bem. Cada vez que eles tentam pegar uma parte para análise, as partes separadas não apresentam qualquer propriedade que indique o comportamento da substância que elas compõem.
Assim os químicos reconhecem a existência de comportamentos do todo imprevisto pelas partes; eles sabem que já havia uma palavra para isso – sinergia.

FULLER, Buckminster.
Synergetics: Explorations in the Geometry of Thinking.
New York: Collier Books, 1982.

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Relutância

Sempre me perguntam por que o ser humano reluta tanto em se aproveitar de sinergia que é um processo tão comum na natureza. Se a causa está na oposição ou no desconhecimento do que fazer para conseguir o efeito sinérgico, eu não sei.
Sei apenas que na natureza tudo acontece por instinto ou seguindo a ordem regular das coisas, pois não faz sentido depender do conhecimento que insetos, elementos químicos ou animais selvagens tenham sobre sinergia.
Acredito então, que nossa única saída para essa relutância à sinergia seja a aprendizagem do que fazer para consegui-la.

07 dezembro 2005

Sinergia - o conceito

Em quase todas as ocasiões que ouvi alguém falar de sinergia, exemplificava-se com o caso “2+2=5”, como se a sinergia pudesse ser explicada por uma expressão elementar, referindo-se ao todo sendo maior do que a soma das partes. Como se sinergia fosse um fenômeno inexato estudado pelas ciências exatas. Como se aquela ineqüação fosse suficiente para exemplificar a sinergia que ocorre nas equipes de alto desempenho.

Estar ao mesmo tempo em toda a parte, marcando onipresença é o que caracteriza a ubiqüidade. Se levarmos em conta que os exemplos de sinergia na nossa vida são tantos e tão claros, podemos pensar que a sinergia é ubíqua. Assim, nos perguntamos como poderíamos viver sem o conceito que está por trás desta palavra. Sendo a sinergia um caminho para compreender como a natureza trabalha, a sua familiaridade nos leva a prestar pouca atenção direta ao fenômeno.

Sinergizar segundo Covey


O que é sinergia? Em uma definição simples, significa que o todo é maior do que a soma das partes. A sinergia é a essência da liderança baseada em princípios. Ela catalisa, unifica e libera os poderes existentes dentro das pessoas.

Quando corretamente compreendida, a sinergia é a atividade mais dinâmica de toda a vida – o verdadeiro teste e a manifestação de todos os outros hábitos vistos em conjunto.

A sinergia funciona. É a eficácia em uma realidade interdependente – é o trabalho em equipe, a criação conjunta, o desenvolvimento da unidade e da criatividade junto com outros seres humanos.

Pode-se valorizar as diferenças nas outras pessoas. Quando houver uma discordância, não precisa concordar, simplesmente reconhecer e procurar compreender.

Quando tiver só duas alternativas, a sua e a do outro, pode-se procurar uma terceira, a sinérgica. Quase sempre ela existe e, se for trabalhada uma filosofia vencer-vencer e realmente procurar compreender, consegue-se encontrar uma solução que será a melhor para todos.
http://www.dras.com.br/biblioteca/7habitos.htm

A importância do caráter

Segundo Stephen Covey, cada um de nós nasceu com diferentes talentos e habilidades. Gastamos a maior parte do nosso tempo tentando afiar e desenvolver esses talentos para maximizar nosso próprio potencial e nossa contribuição para o bem social. Mas raramente pode alguém conseguir maximizar seus talentos trabalhando enclausurado e sozinho. Neste mundo de exagero de especialização e complexidade crescente, é raro o indivíduo que consegue grande sucesso trabalhando independentemente por si só.


Não existe forma de conquistar, desenvolver ou manter relacionamentos cooperativos sem firmeza de caráter. Não há como conseguir colaboração interpessoal sem desenvolver com sucesso a eficácia pessoal. Não há como conseguir colaboração sem primeiro conquistar a confiança, que por sua vez depende de um estímulo generalizado. Com a eficácia conseguimos independência pessoal, capacidade de superar isoladamente as vicissitudes, as dificuldades e os desafios do dia-a-dia.

Uma vez conquistada esta capacidade, estamos aptos a participar de processos colaborativos em que se destaca a interdependência. Com a colaboração aprendemos a superar, em conjunto, dificuldades e desafios muito maiores do que conseguiríamos isoladamente, de forma independente, mesmo se usássemos toda nossa capacidade, mesmo que lançássemos mão de toda a nossa eficácia pessoal.

Confiança e colaboração em equilíbrio

Não haverá interesse em manter proximidade de qualquer indivíduo ou organização que não demonstre um bom caráter. Uma vez percebido o caráter, procura-se confiar e ser confiado.

Confiança é algo que depende do contexto, da atitude do indivíduo com relação aos desafios que motivaram a parceria. Uma vez que existam motivos para se confiar, vai-se em busca de apoio ou colaboração. Um caráter muito forte pode se apresentar por excesso de autoconfiança e dificultar a criação de uma confiança mútua.

O excesso de confiança mútua, sem a disposição para colaborar, faz com que uma das partes deixe com a outra a maior cota na realização das tarefas.

A colaboração excessiva sem confiança induz um dos parceiros ao esforço para realizar o que tem de ser feito, sem aguardar a colaboração do outro em quem ele nem mais se preocupa se confia ou não.

Conquista e manutenção da sinergia


Seja qual for o escopo, para conquistar e manter a sinergia, não bastam experiência, competência, conhecimento. Há que existir um comportamento baseado em valores criados pela observância e exercício de virtudes, criando as condições básicas para uma parceria, na qual a força da sinergia será tão maior quanto mais existirem confiança mútua e espírito de colaboração.

A confiança ativa talentos e possibilita que pessoas alcancem elevados níveis de performance, explicando o sucesso de algumas equipes em projetos onde predecessores fracassaram. Colaboração depende da confiança despertada e da disposição de cada um em dar apoio ao outro na realização de seus projetos.

Ingredientes da Sinergia

Um dos desafios da inovação e do empreendedorismo, na atualidade, é o aproveitamento dos recursos tecnológicos para propiciar cada vez mais facilidades de conexão entre as pessoas e aumentar a capacidade de inclusão de informação aos produtos e serviços.

Há que se notar que, se por um lado, o aproveitamento dos meios colocados a nossa disposição pela evolução tecnológica, depende da eficácia com que usamos o conhecimento; por outro lado, este aproveitamento implica em mudanças que exigem quebra de paradigmas e novas estratégias organizacionais.

Para usar o conhecimento com eficácia e promover essas mudanças vamos precisar de parcerias sinérgicas, que por sua vez são também facilitadas com o avanço tecnológico. Cabe aqui ressaltar que na própria formação de uma parceria, existem fatores importantíssimos para a obtenção do efeito sinérgico que dependem diretamente das facilidades de conexão entre as pessoas.

Em resumo, na Sociedade do Conhecimento, a inovação e o empreendedorismo dependem de sinergia entre parceiros que, por sua vez, é conquistada com confiança e colaboração, que são ingredientes invisíveis e passíveis de serem refinados pela conectividade e pela gestão do conhecimento. http://sinergia.zip.net

Sinergia Organizacional

O desenvolvimento de sinergia depende também de condições básicas circunstanciais extrínsecas que são amarradas ao objetivo do processo sinérgico, e de condições intrínsecas que são inerentes aos elementos a serem reunidos.

Dentre estas últimas destacamos aspectos que compõem os modelos mentais e são integrantes da cultura dos envolvidos no processo sinérgico tais como: hábitos, crenças, preconceitos, valores, paradigmas.

Dentre as condições extrínsecas e que podem ser de certa forma trabalhadas incluem-se certas “sementes” que podem ser plantadas. Uma semente de fácil germinação é o empowerment ou a energização que deve ser dada a cada colaborador para que ele se sinta influenciando genuinamente os diversos processos decisórios da organização.

Na opinião de Daryl Conner, a sinergia organizacional para ser conseguida por meio de condições extrínsecas,

a)precisa observar alguns princípios básicos,
b)plantar algumas sementes,
c)aproveitar as forças propulsoras,
d)adotar algum modelo básico e
e)acompanhar a escalada do processo sinergístico.


CONNER, Daryl R.
Managing at the Speed of Change:
how resilient managers succeed and prosper where others fail.
New York: Villard Books, 1993.

Princípios Básicos

De acordo com Daryl Conner, para que a sinergia organizacional possa acontecer temos que atender cinco princípios básicos:

  1. Estabelecer pré-requisitos: construir a motivação a partir de metas comuns e interdependência e habilidades que dependem de empowerment e gerência participativa, fundamentando assim o processo sinergístico.
  2. Apoiar a permeabilidade: ajudar pessoas na expressão e abertura na aprendizagem de novas idéias, perspectivas, significados, valores, sentimentos, comportamentos e atitudes que eles de outra forma não aceitariam ou trocariam.
  3. Encorajar o pensamento paradoxal: ajudar pessoas a conviver com as frustrações e confusões que ocorrem quando se tenta acomodar idéias, pontos de vista, sentimentos ou atitudes aparentemente contraditórios.
  4. Facilitar a criatividade: ensinar pessoas a valorizar a integração de visões opostas, provocando um deslocamento da relação de oposição “ou isso/ou aquilo” para a relação de suporte e complementação “tanto isso/quanto aquilo”.
  5. Estruturar a disciplina: usar os conceitos novos e suportados mutuamente para realizar objetivos específicos, designar responsabilidades por tarefas, e fixar um cronograma até as mudanças serem totalmente efetuadas.

CONNER, Daryl R.
Managing at the Speed of Change:
how resilient managers succeed and prosper where others fail.
New York: Villard Books, 1993.

Diversidade e dinamismo na sinergia


Qual a influência da semelhança e da diversidade na criação da sinergia? Qual a dificuldade de se conseguir sinergia apenas com a união dos semelhantes?

Há indícios de que enquanto a semelhança funciona como cola, ou magnetismo entre os elementos, a diversidade proporciona o catalisador, incentivando e dando ao conjunto um dinamismo todo especial.

  • Em química, não podemos esperar que ocorra reação quando se misturam substâncias idênticas.
  • Em uma orquestra, a riqueza da música que se ouve vem da grande variedade de sons gerados pela diversidade de instrumentos que tocam cada um a sua simples e especial seqüência de notas do arranjo.
  • Num coral, a mistura de vozes a riqueza do som produzido não ocorreriam se todos cantassem a melodia na primeira voz.

Assim, em química a semelhança é dada pelo fato de serem elementos químicos cuja estrutura atômica, com seus elétrons, dá a possibilidades de combinação entre eles. A diversidade pode ser entendida analisando a posição de cada elemento químico na cadeia periódica de elementos, onde iríamos constatar as características físico-químicas de cada elemento e suas possibilidades de complementação.

Em música a semelhança é dada pelo fato de serem sons de um mesmo conjunto de notas musicais e a diversidade pelo timbre dos instrumentos ou pelo tom em que cantam as vozes.


Antonio Sergio Lins de Carvalho.
Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas.
Editora Elsevier. Rio de Janeiro, 2005.

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Em busca de Sinergia


O grande desafio da sinergia no mundo dos negócios é fazer com que o trabalho conjunto das unidades de negócios crie mais valor, usando apenas os recursos já disponíveis, procurando manter a qualidade e excelência dos produtos e serviços mesmo quando os recursos se tornam mais escassos. Por isso, na opinião de Goold & Campbell, quase todas as grandes organizações estão “desesperadamente em busca de sinergia" como se a sinergia fosse o “santo gral” dos estrategistas.

Muitos desistem dessa busca, outros pensam em sinergia como uma miragem, imaginando-a de forma distorcida ou tendenciosa, incorrendo o risco de tomar decisões erradas. Uma dos erros mais graves é forçar as unidades de negócio a cooperar mesmo quando os benefícios finais não estão claros.

Para reduzir os riscos separam-se as verdadeiras oportunidades das miragens, adotando uma abordagem disciplinada para estimular e desenvolver a sinergia. Para tanto, começa-se pelo cuidado em evitar as principais distorções e tendências:
  • Supervalorização dos benefícios e a subestimação dos custos da sinergia;
  • Crença de que sinergia pode ser obtida por pressão para colaborar;
  • Convicção que o conhecimento requerido para a sinergia já existe na organização;
  • Ênfase nos potenciais benefícios da sinergia e pouco cuidado com os prejuízos.

GOOLD, Michael C. & CAMPBELL, Andrew.
Desperately Seeking Synergy.
In: Harvard Business Review on Corporate Strategy, 1999.

06 dezembro 2005

Transformação Organizacional


Há grande evidência de que quanto mais uma organização se volta para o espírito, maiores são seus êxitos em termos de padrões empresariais mensuráveis, bem como em termos de aquilatação de valores humanos e de efeitos ambientais que estão ocorrendo cada vez mais. Entretanto, devido ao medo, o pensamento de curto prazo pode às vezes preva­lecer.

Com muita freqüência, quando se obtém sucesso com uma nova abordagem numa divisão da empresa, inicia-se um ciclo de questionamento dessa abordagem por parte da alta-administração, os cortes de custos e outras medidas repressivas, que acabam por matar a iniciativa. Ou então as mudanças necessárias são ordenadas de cima, mas de modo tão truculento que a pressão sobre a organização leva ao fracasso daquilo que poderia ser uma abordagem eficiente a longo prazo, se fosse implementada de um modo comedido e orgânico.


Michael Ray e Alan Rinzler.
O Novo Paradigma nos Negócios.
Editora Cultrix. São Paulo, 1993

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